Domingo, 20 de Abril de 2025
O Senado aprovou, nesta quinta-feira (12), por 55 votos favoráveis a admissibilidade do processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff. Foram 22 votos contrários ao processo. A decisão permite ao Senado dar seguimento ao processo contra Dilma. A presidenta será afastada do cargo por até 180 dias, período em que um novo parecer será elaborado, debatido e votado.
O relator da Comissão Especial do Impeachment, Antonio Anastasia (PSDB-MG) disse hoje (12), após a aprovação da admissibilidade da denúncia de crime de responsabilidade contra a presidenta Dilma Rousseff pelo plenário do Senado, que o mérito do julgamento é de exclusividade da Casa.
O afastamento da presidenta Dilma Roussef repercutiu entre os senadores da oposição. O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG), disse hoje (12) que o vice-presidente Michel Temer, que ocupará a presidência durante o afastamento de Dilma, terá que se colocar à altura das expectativas e desafios do país e que não poderá errar.
Manifestantes ocupavam às 7h20 de hoje (12) duas faixas da avenida Paulista, em frente à sede da Federação e Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp/Ciesp), no sentido Paraíso. Eles comemoravam a aprovação da admissibilidade do processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff no Senado, onde houve 55 votos a favor e 22 contra.
O presidente da Comissão Especial do Impeachment no Senado, Raimundo Lira (PMDB-PB), disse há pouco que a definição do rito da comissão que analisará, agora, o mérito das denúncias contra a presidenta Dilma Rousseff será definido hoje (12), às 16h, em reunião dos presidentes do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski.
O presidente nacional do Partido dos Trabalhadores, Rui Falcão, disse hoje (12) em nota que foi aberto caminho para a “imposição de um governo ilegítimo”. Ele se refere à aprovação do processo deimpeachment da presidenta Dilma Rousseff, do PT, no Senado, no início da manhã, por 55 votos.
Entre as palavras mais usadas nos discursos dos parlamentares, estão termos como "República" e "Brasil". Termos mais políticos também figuram nos discursos. A palavra "golpe" apareceu 127 vezes, enquanto o nome do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi mencionado em 254 momentos. O nome do vice-presidente Michel Temer, por sua vez, foi citado em 69 ocasiões.
Dentre os 81 parlamentares que compõem o Senado, um total de 12 são investigados pela operação Lava-Jato, da Polícia Federal. A maior parte está filiada ao PMDB, um total de quatro. Outros três representam o PP, e três o PT. Um senador é do PSB e um do PTC.
A decisão tomada na madrugada desta quinta (12) permite ao Senado dar seguimento ao processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff. Ela será afastada do cargo por até 180 dias, período em que um novo parecer será elaborado, debatido e votado. Nesse período, o vice Michel Temer assumirá a presidência do país até o encerramento do processo.
Para ser afastada do cargo, Dilma deverá ser notificada pelo primeiro-secretário da Mesa do Senado, Vicentinho Alves (PR-TO), o que deverá ocorrer nesta quinta-feira (12). Em seguida, Temer também será comunicado de que assumirá a presidência.